21 setembro 2016

Outras doenças tropicais




Bilharziose ou Esquistossomose







Estes helmintos ocorrem em África, no Médio Oriente, na zona oriental da América do Sul, na China e no Sudeste Asiático.
A infecção adquire-se através do contacto da água doce de lagos e rios de pequeno cauda, normalmente quando se toma banho neles ou se lava com água destes lagos ou rios.





 Os seres humanos infectados contaminam os lagos ao defecar ou urinar neles, com os quais se passam para os caracóis que actuam como hospedeiros intermediários. Os caracóis libertam pequenas cercárias na água que abrem caminho através da pele dos banhistas.





O primeiro sintoma de uma possível infecção é o chamado "coceira do banhista" que ocorre pouco depois de ter contacto com a água infectada.




Algumas pessoas apresentam uma doença aguda febril associada a uma  erupção urticariforme e a uma eosinofilia poucas semanas após a infestação. As manifestações tardias costumam apresentar a emissão de urina turva ou tingida de sangue, disenteria, e raramente, paralisia ascendente e perda de sensibilidade nos membros inferiores.




Geralmente, os viajantes começam a preocupar-se com a Bilharziose quando regressam a casa e se lembram que tomaram banho em lagos proibidos, ou quando se apercebem  que algum membro do grupo foi diagnosticado com Esquistossomose. O diagnóstico confirma-se quando se encontram ovos nas fezes, na urina ou através de biópsia retal, ou através de um exame sanguíneo.





O tratamento é bastante simples, com uma ou duas doses de Praziquantel (Biltricide).





Para prevenir a Bilharziose, deve-se evitar tomar banho em água doce estagnada, nas zonas endémicas.





 O conselho dos habitantes locais pode levar a informações erradas. O lago Malawi, declarado isento de Bilharziose, tem sido a origem de muitos casos de Esquistossomose importada nos últimos anos.






No próximo artigo voltaremos a este tema. Até lá...





Boas caminhadas

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