22 agosto 2012

A temperatura – 1ª parte



Muitos montanheiros já experimentaram a sensação de fazer actividades de montanha debaixo de um sol tórrido e um calor avassalador. Mas será que todos sabem quais são os mecanismos que o nosso organismo adopta para se defender destes elementos, os problemas que podem surgir dessas situações, e o que podemos fazer para ajudar o nosso organismo a superar estas duras tarefas de tentar arrefecer o nosso corpo ou atenuar o calor? É o que vamos tentar explicar nas próximas linhas.



O Sol e a pele

O espectro electromagnético divide-se em função do comprimento da onda, em ultravioleta (inferior a 400nm), visível (400-760nm) e infravermelhos (superior a 760 nm).

A queimadura solar, produz-se devido a uma exposição excessiva aos raios ultravioletas (UV), os quais por sua vez se dividem em UVA (320-400 nm), UVB (290-320 nm) e UVC (200-290 nm). Os UVC são filtrados e absorvidos pela camada de ozono, antes de chegarem ao nível do mar. Os UVB são mais potentes do que os UVA e representam a principal causa de queimadura solar (85%).  Por outro lado, os UVA representam a maioria dos raios ultravioletas que alcançam a superfície terrestre (90% ao meio-dia), sendo portanto responsáveis de uma grande parte dos efeitos cutâneos agudos e crónicos da radiação ultravioleta, como por exemplo, a degeneração do colágeno, com o consequente envelhecimento precoce da pele.

Para quantificar o grau de protecção solar, utiliza-se o sistema DEM e FPS.

. O DEM (dose mínima eritematosa) é o tempo mínimo de exposição que produz vermelhão. Quatro vezes este tempo, produz queimaduras do primeiro grau e oito vezes este tempo, produz queimaduras de segundo grau.

. O número de FPS (factor de protecção solar) de um produto, indica as vezes que aumenta o DEM de um individuo. Por exemplo, se um individuo com um DEM de 6 minutos, utiliza um creme com factor de protecção solar 10, poderá tolerar uma exposição de 60 minutos (6 x 10) sem se queimar.

O eritema solar – É o vermelhão da pele produzido pelos raios ultravioletas e infravermelhos e equivale a uma queimadura do primeiro grau. Já é detectável com os primeiros 30 minutos de exposição aos raios UV. Está bem definido após 2-6 horas, com um pico às 12-24 horas e cura-se  após 4-7 dias. Pode produzir inchaço, hipersensibilidade e dôr nas zonas expostas.

A queimadura solar – Produz-se através dos raios UV e aparece após 4-6 horas da exposição. É equivalente a uma queimadura do segundo grau. Provoca flictenas (bolhas), dor, diminuição da sensibilidade e pode ser acompanhada de febre, arrepios e náuseas. A exposição crónica pode produzir envelhecimento cutâneo prematuro, lesões prémalignas ou tumores cutâneos malignos. A radiação UV desempenha um papel importante na produção de cancro da pele. No que se refere aos tumores malignos, não está comprovado o papel protector dos cremes solares, portanto convém estar atentos,  porque uma lesão assimétrica, com bordas irregulares, que tenha mudado de cor e tenha um diâmetro superior a 6mm, pode ser um melanoma.




O Sol e a pele

O espectro electromagnético divide-se em função do comprimento da onda, em ultravioleta (inferior a 400nm), visível (400-760nm) e infravermelhos (superior a 760 nm).
A queimadura solar, produz-se devido a uma exposição excessiva aos raios ultravioletas (UV), os quais por sua vez se dividem em UVA (320-400 nm), UVB (290-320 nm) e UVC (200-290 nm). Os UVC são filtrados e absorvidos pela camada de ozono, antes de chegarem ao nível do mar. Os UVB são mais potentes do que os UVA e representam a principal causa de queimadura solar (85%).  Por outro lado, os UVA representam a maioria dos raios ultravioletas que alcançam a superfície terrestre (90% ao meio-dia), sendo portanto responsáveis de uma grande parte dos efeitos cutâneos agudos e crónicos da radiação ultravioleta, como por exemplo, a degeneração do colágeno, com o consequente envelhecimento precoce da pele.

Para quantificar o grau de protecção solar, utiliza-se o sistema DEM e FPS.

. O DEM (dose mínima eritematosa) é o tempo mínimo de exposição que produz vermelhão. Quatro vezes este tempo, produz queimaduras do primeiro grau e oito vezes este tempo, produz queimaduras de segundo grau.

. O número de FPS (factor de protecção solar) de um produto, indica as vezes que aumenta o DEM de um individuo. Por exemplo, se um individuo com um DEM de 6 minutos, utiliza um creme com factor de protecção solar 10, poderá tolerar uma exposição de 60 minutos (6 x 10) sem se queimar.

O eritema solar – É o vermelhão da pele produzido pelos raios ultravioletas e infravermelhos e equivale a uma queimadura do primeiro grau. Já é detectável com os primeiros 30 minutos de exposição aos raios UV. Está bem definido após 2-6 horas, com um pico às 12-24 horas e cura-se  após 4-7 dias. Pode produzir inchaço, hipersensibilidade e dôr nas zonas expostas.

A queimadura solar – Produz-se através dos raios UV e aparece após 4-6 horas da exposição. É equivalente a uma queimadura do segundo grau. Provoca flictenas (bolhas), dor, diminuição da sensibilidade e pode ser acompanhada de febre, arrepios e náuseas. A exposição crónica pode produzir envelhecimento cutâneo prematuro, lesões prémalignas ou tumores cutâneos malignos. A radiação UV desempenha um papel importante na produção de cancro da pele. No que se refere aos tumores malignos, não está comprovado o papel protector dos cremes solares, portanto convém estar atentos,  porque uma lesão assimétrica, com bordas irregulares, que tenha mudado de cor e tenha um diâmetro superior a 6mm, pode ser um melanoma.




Factores que intervêm nas lesões produzidas pelo sol

. Comprimento da onda: UVB produz 1.000 vezes mais, eritema que UVA.

. Pigmentação da pele: maior pigmentação, menos queimaduras.

. Hidratação: a penetração dos raios UV é superior na pele húmida do que na pele seca.

. Anatomia: O DEM é superior nas extremidades do que na cara, pescoço e tronco.

. Reflexão ambiental: aproximadamente, a neve fresca reflecte cerca de 90% da luz, a neve antiga cerca de 60% e o gelo cerca de 25%. A areia reflecte cerca de 20%. As nuvens apenas diminuem cerca de 20% a radiação UVB.

. Altitude: os raios UV aumentam cerca de 4% a cada 300 metros de altitude. A 1.500 metros a irradiação no verão é o dobro e no inverno quatro vezes maior do que ao nível do mar.

. Latitude: a exposição é maior a latitudes baixas, porque os raios solares são mais verticais.

. Hora do dia: cerca de 65% dos raios UV alcançam a terra entre as 10:00h da manhã e as 15:00h.




Como tratar as queimaduras

Se tivermos uma queimadura, devemos colocar em cima desta,  compressas húmidas ou pomadas hidratantes. As pomadas anestésicas podem produzir sensibilidade, pelo que se desaconselham. Se a queimadura for grande, podem-se aplicar pomadas com hidrocortisona a 1% ou creme de sulfadiacina argêntica, duas vezes por dia. A dor e a inflamação podem-se tratar com ácido acetilsalicílico (500 mg a cada 6-8 horas). A queimadura cura-se em 4-7 dias.




O Calor

A patologia produzida pelo calor, aparece quando o corpo ganha ou produz mais calor com maior rapidez do que o pode eliminar.
Inicialmente o corpo tenta eliminar o calor fazendo circular o sangue central para a periferia. Isto produz-se através de uma vasoconstrição renal e de outras vísceras, que serve para levar o sangue central para a periferia e uma vasodilatação periférica que coloca a máxima quantidade de sangue em contacto com a pele, de forma que esta se possa arrefecer. Quando este mecanismo falha, produz-se um aumento perigoso de temperatura (hipertermia).




Produção e regulação de calor

O corpo produz entre 2.000 a 5.000 kcal de calor por dia, na sua grande parte devido à actividade muscular. O corpo deve eliminar este calor para impedir um aumento perigoso da temperatura corporal. Sem os mecanismos de termorregulação, a temperatura corporal aumentaria 1,1ºC por cada hora (por exemplo: a temperatura de uma pessoa sedentária de 70kg que apenas produzisse 2.000 kcal por dia, aumentaria de 34,4ºC para 71,4ºC em apenas 24 horas). Este aumento pode ser 15-20 vezes maior, em casos de exercício físico intenso ou temperaturas elevadas. Isto explica porque se registaram casos de golpes de calor devido a exercício físico intenso com temperaturas moderadas (13-28ºC). A transferência de calor do corpo para o meio ambiente, e o inverso, acontece devido a quatro mecanismos:

. Condução

. Convecção

. Radiação

. Evaporação

Em ambientes quentes, os principais mecanismos de eliminação de calor são a radiação e a evaporação.
O sangue aquece ao receber o calor produzido pelos músculos em actividade e ao passar pela pele, cede este calor à atmosfera. Quando a temperatura do ar é superior a 35ºC, a radiação cessa e a evaporação é o único mecanismo útil.
A evaporação de 1 ml de súor, produz a perda de 0,58 kcal de calor, ou seja, que 1 litro de súor produz a perda de 580 kcal de calor. A maioria deste calor extrai-se do corpo através da pele. O esfriamento por evaporação é limitado, pois a sudoração máxima de uma pessoa não aclimatada ao calor é de aproximadamente 1.500 c.c. por hora. A evaporação desta quantidade de suor é capaz de contrariar o calor produzido, ao correr-se 10 km a uma velocidade de 10km/h.

Se praticarmos exercício físico em tempo quente, pode-se perder facilmente 1-2 litros de liquido por hora e inclusive perder cerca de 6-10% de peso corporal. Se a humidade alcançar 100%, a evaporação não é possível e o corpo perde a sua capacidade de eliminar o calor, podendo-se alcançar temperaturas perigosas.




Caímbras devido ao calor

As caímbras devido ao calor são contracções musculares espasmódicas, geralmente das pernas, que podem durar até 15 minutos ou mais. Possivelmente acontecem devido à perca de minerais e à desidratação que acompanha a suduração excessiva.

Podem-se prevenir, bebendo líquidos em abundância, que contenham sal. Geralmente melhoram ao esticar o músculo afectado. Tratam-se colocando a pessoa afectada num local fresco e administrando líquidos ou uma solução salina.



Síncope de calor

A síncope é uma perda de consciência, que nestes casos é devido à perca de minerais e à desidratação que acompanha a suduração excessiva. Num esforço para aumentar a perda de calor, os vasos sanguíneos da pele dilatam-se até a um ponto que acumulam uma grande quantidade de sangue, provocando uma diminuição da quantidade de sangue que chega ao cérebro o que poderá provocar uma perda de consciência por falta de irrigação.


Sintomas e sinais da Síncope de calor

. Fadiga extrema, vertigens, vómitos e desmaio.

. Pele fria e húmida ou quente e seca, hipotensão, pulso fraco e rápido.

Tratamento da Síncope de calor

. Repouso num local fresco com os pés elevados.

. Se estiver consciente, administrar água salgada (diluir uma colher de sopa com sal num litro de água).

. Se estiver inconsciente, e se houver socorristas perto, estes administrarão perfusão de soro salino. Se a desidratação for grande, pode ser necessário administrar facilmente, mais de 4 litros de soro.

. Se não se tratar pode degenerar para um Golpe de Calor.




Golpe de calor e hipertermia extrema

O Golpe de Calor é um aumento da temperatura corporal devido a uma falha da termorregulação. Trata-se de um processo agudo com hipertermia por desidratação. Aparece quando o corpo não pode eliminar o calor produzido pelas condições ambientais ou pelo próprio corpo. Quando falham os mecanismos de termorregulação, este processo progride até à hipertermia extrema, que nos pode colocar em risco de vida.

A hipertermia pode produzir edema (acumulação de água) cerebral e aumento da pressão intracraneana, que combinada com a descida da pressão arterial, reduz a quantidade de sangue que chega ao cérebro. Ao mesmo tempo, as proteínas do corpo desnaturalizam-se produzindo lesões nos tecidos.

Inicialmente aparecem uns sinais premonitores, caímbras musculares precoces e persistentes, dores abdominais, náuseas, transtornos do comportamento (confusão, desorientação, agitação, dôr de cabeça). Depois aparecem transtornos neurológicos (adormecimento, esturpores, coma, convulsões, perda do tónus muscular com contracturas, alterações pupilares), transtornos cardiovasculares (pulso rápido, superior a 130 batimentos por minuto, queda da pressão arterial), respiração rápida, pele quente, a temperatura central é superior a 40,1ºC e aparecem pontos de sangue na pele e hemorragias nas mucosas e nariz. Os sintomas podem aparecer na noite seguinte à exposição ao sol. A mortalidade é de cerca de 30-50%.


Tratamento

O tratamento preventivo, resume-se a reduzir a actividade física ou descansar totalmente, hidratar e nutrir convenientemente, vestir roupa leve e colocar-se num ambiente fresco. É importante proteger a cabeça do sol  com um gorro claro, se possível de algodão, pois muitos tecidos sintéticos deixam passar as radiações ultravioletas e convém advertir que a neblina e as  nuvens não impedem a passagem destas radiações. 
Quando efectuamos uma caminhada violenta num ambiente quente, se repentinamente sentirmos frio e ficamos com “pele de galinha”, devemos interromper a actividade e procurar um local fresco e ingerir bastantes líquidos frios, pois o sistema termorregulador confundiu-se e pensa que é necessário aumentar ainda mais a temperatura corporal. Se esta situação não for tratada, pode provocar um golpe de calor e até a morte. A mortalidade é proporcional ao tempo que demora a elevação da temperatura central e o início do arrefecimento.O golpe de calor é uma das poucas emergências médicas em que um atraso de poucos minutos pode mudar significativamente o prognóstico.

O tratamento curativo, baseia-se em arrefecer o corpo até alcançar uma temperatura inferior  a 39ºC. Enquanto não se chega ao hospital, deve-se despir a vítima, coloca-lo deitado e em posição fetal, para obter a máxima superfície de evaporação, aplicando-lhe compressas frias. Deve-se evacuar a vítima para o hospital com a máxima urgência, para receber um tratamento de arrefecimento interno. A perda de consciência por mais de 2 horas, é um sinal de mau prognóstico.



Formas de combater o calor

No Inverno, é evidente que nos vestiremos com roupas de agasalho para nos protegermos do frio. O vento, a geada, a neve e as tempestades, não nos permitem que ignoremos a sua presença. É necessário manter o calor quando está frio, mas também é necessário estar frescos quando faz muito calor. Muito poucos montanheiros sabem o que é a prostração pelo calor ou as insolações. O equivalente em tempo quente da hipotermia é a hipertermia. Nós, seres humanos, mantemos o conforto do corpo pela criação de um micro ambiente de ar aquecido próximo da pele.

A hipertermia ataca rapidamente quando o sistema de refrigeração do corpo decide parar.
Quando o tempo é particularmente quente e húmido, o corpo perde líquidos (em forma de suor) em menos tempo do que demora a repô-lo.

Os excursionistas devem proteger-se constantemente da hipertermia, especialmente em zonas desérticas, em caminhadas pela praia com muito calor e em montanhas onde o tempo seja particularmente quente.

Antes de planear a viagem, é necessário examinar como fazer para chegar aos locais de aprovisionamento de água e se existe alguma possibilidade de ficarmos desprovidos de água, sendo necessário transportar sempre alguma água. É necessário beber a quantidade necessária de água, uma vez que o nosso corpo perde em média dois litros de água por hora quando está muito calor, o que implica que devemos ingerir muita água para repormos a que perdemos.



Minimização da perda de água

Como a perda de água pode provocar a desidratação, se o montanheiro não conseguir ter acesso a um regular abastecimento de água, devem ser tomadas medidas para diminuir essas perdas:

. Toda a actividade física deve ser reduzida ao mínimo. 

. Devem-se efectuar todas as tarefas devagar para diminuir o dispêndio de energia.

. Deve-se descansar regularmente.



. Em climas quentes devem-se fazer as actividades essenciais à noite e durante as horas mais frescas do dia.

. Deve-se manter sempre as roupas vestidas, para evitar a perda de fluídos. Existe sempre a tentação de tirar a roupa em climas quentes. Não se deve fazer. O suor nas roupas arrefece o ar armazenado entre as roupas e a pele, resultando daí uma diminuição da actividade das glândulas sudoríferas e uma redução na perda de água.

. Evite fumar e beber álcool. Fumar aumenta a sede e o álcool usa os fluídos dos órgãos vitais.

. Mantenha-se o mais possível à sombra.

. Evitar deitar no chão e em superfícies quentes ou aquecidas.

. Comer o menos possível. O corpo usa fluídos para efectuar a digestão, e isto pode aumentar a desidratação.

. Evitar falar e deve-se respirar através do nariz e não da boca, de forma a evitar a perda de humidade pela respiração.

. É conveniente usarmos roupas de cores claras, porque estas reflectem o calor, enquanto que os tons mais escuros o absorvem. O algodão, que os montanheiros evitam no inverno, é benvindo no verão, porque é mais leve que a lã e tem a particularidade de eliminar rapidamente a humidade da pele de forma a manter a mesma fresca, mas não fria. A roupa de preferência deve ser larga.



. Os braços e o pescoço devem ir tapados e também as pernas, a não ser que se esteja acostumado a andar com calções. Devemos usar óculos de sol, especialmente se existir neve ou se caminharmos por areia de cor clara, de forma a combater as radiações ultravioletas. Os olhos são órgãos extremamente sensíveis pelo que é necessário ter muito cuidado para os proteger.

. Se a nossa pele for muito sensível ao sol, será necessário untar com protector solar, para a proteger dos raios solares e das queimaduras. Convém levar sempre um chapéu ou pelo menos um lenço na cabeça, para proteger o couro cabeludo, sendo também conveniente usar um pano ou uma toalha pequena caída sobre o pescoço (tipo a Legião Estrangeira) e se possível sobre as costas. Quando o resto do corpo está devidamente vestido, a cabeça descoberta é como um radiador, responsável pela libertação de mais de metade do calor que o corpo perde. A cabeça é a primeira parte do corpo que deve ser destapada quando estamos superaquecidos (evitando a incidência dos raios solares sobre ela) e a primeira parte do corpo a cobrir, quando estamos com frio.

O vestuário

As roupas devem ajudar a refrescar, quando as condições se tornam quentes. Esforços ou temperaturas excessivas, podem causar ao corpo vestido inadequadamente, sofrimento e exaustão por calor, uma situação que como já vimos atrás, pode ser tão mortal como a hipotermia.

Todo o montanheiro é responsável pela sua própria segurança. Vestir-se adequadamente para o ambiente de montanha é uma questão fundamental.



As funções primárias do vestuário num ambiente de sobrevivência, são ajudar o corpo a manter a sua temperatura normal e protege-lo das intempéries, dos ferimentos, dos insectos e de outras pequenas formas de vida. Se nos perdemos ou se nos encontramos em dificuldades, teremos poucas opções no que se refere a vestuário e, provavelmente teremos que passar bastante tempo com o vestuário que tivermos vestido na altura. Existem várias regras relativas ao uso do vestuário e dos cuidados a ter com ele e que devem ser seguidas:

. É importante manter as roupas limpas. Devem ser lavadas com regularidade. Podemos dormir vestidos, mas se tivermos mais do que uma muda de roupa, devemos providenciar para que o vestuário que não estivermos a usar, areje durante a noite.

. Quando nos deslocarmos através de mato rasteiro, se não tivermos umas polainas, devemos enfiar as pernas das calças nas meias e apertar nos pulsos e devemos abotoar todos os botões.

. É fundamental manter as meias e o calçado secos. Devem-se aquecer à fogueira e deixar a arejar durante a noite. Um método eficaz de secar as botas é colocar no seu interior um emaranhado de jornal durante a noite. A falta de cuidados com as meias e o calçado costuma provocar bolhas, escoriações e penetrações no pé, as quais podem conduzir à imobilização.

A roupa, é de longe a melhor protecção solar e é  a causa do pior desconforto em dias quentes. Portanto não subestime o sol e o calor e proteja-se com um bom protector solar.



Com este trabalho, esperamos ter contribuído para elucidar algumas dúvidas que existissem sobre o tema, restando-nos alertar todos os montanheiros para as actividades debaixo de calores tórridos. Protejam-se, ajudem o vosso corpo nesta dura tarefa e aproveitem para disfrutar do que mais gostamos de fazer, caminhar em perfeita harmonia com a natureza, pois quanto melhor a conhecemos, mais nos poderemos proteger e disfrutar dela ao máximo.

Boas caminhadas

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