31 outubro 2011

Peña Trevinca - Terminam hoje as inscrições

Atenção. Terminam hoje as inscrições para os interessados em participar nesta caminhada em Peña Trevinca. É já no próximo fim-de-semana. Apressa-te a confirmar a tua presença junto de um dos elementos do CMB ou para o email do clube. Mais próximo da data informaremos as previsões climatéricas para esse fim-de-semana em Peña Trevinca. Até lá vão preparando a mochila, prevenindo-se, uma vez que as noites lá costumam ser frescas.

Caminhada do CMB dia 29.10.2011

Conforme agendado, realizou-se a caminhada do CMB no ultimo sábado do mês, ou seja no passado dia 29.10.2011. Fomos abrilhantados com um optimo dia para a actividade e decorreu tudo como o previsto, ou seja, Um dia bem passado em optima companhia. Brevemente publicaremos aqui as fotos que registaram esse dia espectacular.

Ultra Trail Chismes-Dolpo (dia 31.10.2011)

Hoje os concorrentes da prova não poderão regressar a Katmandu conforme estava previsto. Os participantes da corrida terão que aguardar para amanha para voarem para Katmandu. Hoje descansam em Juphal e amanhã com alguma sorte conseguem voo.
Segundo um telefonema de Pablo Criado Toca a uma amiga, os concorrentes estão todos bem em Juphal.

Ultra Trail Chismes-Dolpo (dia 31.10.2011)

Segundo o sistema de seguimento GPS, os participantes da 1ª edição do Ultra Trail Chismes-Dolpo 2011, finalizaram a 9ª etapa às 09:08:20 da manhã, hora portuguesa, no dia 31.10.2011, no aeroporto de Jupahl. Dá-se por concluída esta corrida. Aguardamos notícias dos participantes e dos responsáveis no Nepal sobre os resultados e acontecimentos que se produziram durante estes dias. Saudações para todos.

Lista de inscritos no Ultra Trail Chismos-Dolpo

Está na reta final esta 1ª edição do Ultra Trail Chismos-Dolpo. Enquanto aguardamos pelo final e respectivos resultados apresentamos a lista de inscritos nesta prova e seus respectivos curriculums na modalidade:



Com o Dorsal nº 1 está Claudio Ribeiro com 42 anos de idade. Claudio é membro do Clube de Montanhismo de Braga, residente em Vila Verde, Braga, Portugal, é o verdadeiro atleta amador da prova, sendo esta a primeira prova deste género em que participa. Verdadeiro amante da montanha, contando no seu curriculum já várias montanhas, desde o Elbrus, Mont Blanc, Picos da Europa…, cujos cumes alcançou sem o objectivo competitivo, mas sim pela paixão pela natureza. Claudio é um atleta nato.

Claudio Ribeiro

Com o Dorsal nº 2 está Graciano Novoa Rodriguez com 42 anos de idade. Residente em Espanha.
Segundo informações, já conta no seu curriculum com o monte evereste, mont blank, etc, mantendo já um vasto curriculum, mas devido à sua humildade, pouco se sabe desta carreira brilhante. Juntamente com o Claudio Ribeiro, são apaixonados pela Meadinha na Peneda Gerês, onde sempre que podem praticam a modalidade da escalada, sendo grandes defensores da divulgação, protecção e preservação da mesma.

Graciano Novoa Rodriguez

Com o Dorsal nº 3 está Salvador Calvo Redondo com 48 anos de idade. Residente em Leon, Espanha. Membro da Associação Leonesa de Escaladores e arbrito FEDME de corridas de Montanha. Um verdadeiro profissional na área contando no seu curriculum as seguintes provas mais importantes: em 2002 alcançou o 2º lugar no Campeonato de Espanha FEDME, o 4º lugar na Copa de Espanha e o 5º lugar na prova Zegama Aizkorri. Em 2003 alcançou o 2º lugar no Campeonato de Espanha em Castellón, o 5º lugar na Copa de Espanha e o 6º lugar na prova Zegama Aizkorri . Em 2004 alcançou o 20º lugar no Campeonato de Espanha e o 3º lugar na prova de Penyagolosa. Em 2005 alcançou o 11º lugar no Grand Raid de Reunión e o 2º lugar na Travessia Integral Picos de Europa. Em 2006 alcançou o 1º lugar na Maratón Transahariano Hoggar. Em 2007 alcançou 1º lugar e recorde na prova Maratona da Muralha da China, o 1º lugar na prova Canfranc-Canfranc, o 1º lugar na prova Maratón Xtreme Lagos de Covadonga, o 1º lugar na prova Boa Vista Ultramathon de Cabo Verde e o 1º lugar na Travessia Integral dos Picos da Europa. Em 2008 alcançou o 1º lugar na prova Canfranc-Canfranc, o 1º lugar na prova Ultra Trail do Aneto, o 1º lugar na prova Xtreme Trail Pajares-Candas, o 1º lugar na prova Veteranos Campeonato de Espanha em Castellón, o 1º lugar na prova Ultramaratona do Vietnam, o 19º lugar na prova Zegama Aizkorri do campeonato da Europa, na prova 13 UTMB foi o campeão do Circuito Xtreme Trail. Em 2009 alcançou o 1º lugar na prova Cruce de los Andes, o 7º lugar na prova Alto Sil, o 1º lugar na prova Namibia Racing The Planet, o 2º lugar na prova Veteranos Campeonato de Espanha em Fondeguilla, o 1º lugar na prova Integral Picos de Europa, o 2º lugar na prova Andorra Ultra Trail, o 5º lugar na prova Subida ao Pico S. Millián, o 2º lugar na prova Jungle Narathon e o 3º lugar na prova Sureste Trail Narathón. Em 2010 alcançou o 5º lugar na prova Trail Blanch Vallèes D’Ax, o 1º lugar na prova Racing the Planet na Australia, o 4º lugar na prova Transvulcania, o 40º lugar na prova Puyada a Oturia do campeonato de Espanha, o 4º lugar na prova Andorra Ultra Trail, o 2º lugar na prova Trail do Aneto, cruzou os Tatras correndo, 2º lugar na prova Tor dês Géantes e o 4º lugar na prova Corrida por Montanha Sierra de Chiva. Em 2011 alcançou o 2º lugar na prova Baikal Ice Marathon, o 23º lugar na prova Carrera Alto Sil, o 2º lugar na prova The Track Outback Race Ultramarathon na Austrália, o 1º lugar na prova Canfranc-Canfranc, o 2º lugar na prova Travessia dos Picos da Europa, o 1º lugar na prova Ultra Trail Aneto com o record de 12:01h, o 1º lugar na prova Villalfeide-Polvorosa, o 13º lugar na prova Pujada al Montsia e alcançou o titulo Campeón de España Veterano (50 Absoluto SkyMarathon

Salvador Calvo Redondo

Com o Dorsal nº 4 está Aurelio António Olivar Roldán com 43 anos de idade. Residente em Espanha, da Equipa Salomon Santiveri Outdoor Team. Este atleta com um enorme curriculum na área das corridas de montanha, infelizmente não pode participar desta prova, pelo facto de estar lesionado e ser sujeito a intervenção cirúrgica em Outubro de 2011. Desejamos desde já que tudo corra bem para este atleta e as rápidas melhoras.

Aurelio Antonio Olivar Roldán

Com o Dorsal nº 5 está Rafael Romero Rodriguez conhecido como “Fali El Coleta”com 50 anos de idade. Residente em Espanha. Embora não tenhamos o histórico deste atleta, sabemos que tem muito boas classificações nas corridas de montanha, com um grande histórico de vitórias nesta área.
Rafael Romero Rodriguez "Fali Coleta"

Com o Dorsal nº 6 está Joel Jaile Casademont com 27 anos de idade. Residente em Espanha. Embora ainda novo, este atleta já possui um curriculum invejável nesta área, sendo que em 2010 alcançou o 4º lugar na prova Ultra Trail Sierra de Montsant UTSM, alcançou o 27 lugar na prova Vuelta al Aneto, alcançou o 20º lugar na prova Ultra Trail de L’Emmona, alcançou o 34 lugar na prova Andorra Ultra Trail, alcançou o 9º lular na prova Ultratrail Coll de Nargo, e alcançou o 23º lugar na prova Ultratrail Serra de tramuntana.

Joel Jaile Casademont

Com o Dorsal nº 7 está Jesús Martinez Novas, com 46 anos de idade. Residente em Espanha. Embora sendo um atleta bastante badalado na imprensa desta área das corridas de montanha e possuidor de um grande curriculum em provas do género. Até ao momento ainda não conseguimos aceder ao seu curriculum.




Com o Dorsal nº 8 está Beñat Zubillaga Murguiondo “Decaironman”, com 31 anos de idade. Residente em Espanha. Este atleta conta no seu curriculum provas como em 2008 consegui o 4º lugar na prova Transgrancanaria, participou na prova Ironman de Lanzarote efectuando a mesma em 10h:37m, alcançou o 3º lugar na prova Raids Multiaventura, em 2009 alcançou o 3º lugar na prova Decaironman Mexico, alcançou o 1º lugar na prova Ultraman Canada, alcançou o 2º lugar na prova Swiss Juramarathon, alcançou o 7º lugar na prova Transa’q, alcançou o 2º lugar na prova Cto. De Espanha de Raids Multiaventura, alcançou o 1º lugar na prova Raids Multiaventura de Asturias e alcançou o 3º lugar na prova Cto. De Espanha de Skijoring. Em 2010 alcançou o 7º lugar na prova Ultra Trail Muntanyes D’ Alacante. Em 2011 participou na prova Ultratrail Ehunmilak, alcançou o 3º lugar na prova Open Navarro, Skyjoring, alcançou o 4º lugar na prova Cpto. De Espanha, Skyjoring e alcançou o 5º lugar na prova Pirena, Skyjoring.

Beñat Zubillaga Murguiondo

Com o Dorsal nº 9 está Pablo Criado Toca com 35 anos de idade. Residente em Espanha. Conseguimos pouca informação do vasto curriculum deste atleta, no entanto sabemos que ficou em terceiro lugar na prova de Tor dês Geantes e bateu o record absoluto da travessia do Monte Perdido na prova Monte Perdido Extrem Non Stop.


Pablo Criado Toca

30 outubro 2011

Ultra Trail Chismes-Dolpo (dia 31.10.2011)

Dia 31 de Outubro : 9ª etapa – De Ringmogaon a Juphal. Distância: 40 km. Desniveis: +400m, -1800m, total 2200m. Altitudes alcançadas: mínima 2282m, máxima 3733m. Pernoita a 2475m.

No dia 31, esta 9ª etapa Será a última etapa do Ultra Trail Chismes Dolpo. Logo que começam esta etapa deparam com uma curta subida que os levará ao ponto mais alto do dia. De seguida iniciam uma descida onde se misturam pedras soltas com terra removida, ajudadas pela inclinação do terreno, que tornam propícias as quedas e os acidentes, pelo que os concorrentes deverão ter cuidados redobrados para evitar o pior no final da corrida. Aos poucos vão entrando em bosques de abetos, cujo percurso segue ao longo do curso do rio Phoksundo, por trilhos bem definidos ao longo das duas margens do rio que irão alternando passando as várias pontes de madeira que cruzam o rio. Devem seguir com atenção, pois irão encontrar um cruzamento com um trilho pouco definido, e será esse mesmo que devem tomar. Se porventura se enganarem no trilho não haverá problema, porque todos levam ao final da etapa, com um senão que sobem muito mais, obrigando a perder mmais tempo e dispender muito mais esforço. Após ziguezaguear pelo rio devido às várias pontes que têm que atravessar, chegarão à confluência dos rios Phoksundo e do rio Thuli Bheri. Devem seguir o curso do rio Thuli Bheri para baixo, para pouco tempo depois iniciarem a ultima subida que os levará ao final da corrida, onde cruzarão a meta situada num dos cantos da pista do aeroporto de Juphal.

Ultra Trail Chismes-Dolpo (dia 30.10.2011)

Hoje de manhã (30.10.2011) os participantes já se encontravam na aldeia de Ringmogaon, segundo os dados do GPS, e que era o destino da 8ª etapa. Agora devem estar a descansar e a deleitar-se com as vistas que poderão admirar amanhã durante a ultima etapa. Esperemos que estejam com forças para prosseguir. De longe continuamos a apoia-los.

Ultra Trail Chismes-Dolpo (dia 30.10.2011)

Dia 30 de Outubro : 8ª etapa – De Shey Gumba a Ringmogaon. Distância: 34 km. Desniveis: +1700m, -2200m, total 3900m. Altitudes alcançadas: mínima 3680m, máxima 5360m. Pernoita a 3680m.



No dia 30, esta 8ª etapa, O dia começará com os concorrentes a percorrerem a subida até ao passo “Nangdalo 5360m”. Entre os montes nevados, vizinhos dos que alimentam o Lago Phoksundo. Serão momentos frescos e sombreados, o mais provável é que na parte final encontrem neve dura e gelada, principalmente na subida final onde devem ter precauções redobradas devido à forte inclinação do terreno. Uma vez nesse passo poderão ver em primeiro plano as paredes das principais montanhas nevadas que alimentam o lago. Deparam-se neste momento com dois trilhos. Devem iniciar a descida pelo caminho pouco demarcado da margem direita, o qual parece precipitar-se no vazio, não se devem preocupar com isso, uma vez que apesar da inclinação de 40º, será cómodo de descer sobre a cascalheira de pequenas pedras que amortecem as passadas ao enterrar os pés nestas e deslizando-os entre elas. No final desta descida chegam ao caudal de um dos rios que desagua no Lago Phoksundo. Devem seguir o rio pela margem esquerda na direcção da corrente do rio. Mais à frente cruzarão o rio para seguir o trilho na mesma direcção pelo lado direito. Este ponto não se encontra bem definido, devido ao facto de que a ponte que aí existia foi levada pela corrente de água com as cheias, e hoje em dia apenas se pode cruzar o rio em determinados locais poucos demarcados dependendo do momento e da época do ano. Deverão cruzar o rio o mais rápido possível para evitar o caudal do rio que cresce rapidamente. Se deste lado o cenário é o que se descreve, do outro lado irão deparar com uma vegetação densa que dificultará a progressão. Após encontrarem o trilho bem definido e terem percorrido um bom trajecto que será acompanhado pelas paredes verticais Nor-Este do Monte Kanjirowa 6612m, começarão a passar junto ao Lago Phoksundo, podendo tocar as águas azuis e frias do lago e pouco a pouco deixa-lo ficar mais abaixo à medida que vão ganhando altura pela escarpa que ladeia o lago, o qual quanto mais se vê, mais bonito parece com a sua cor intensa azul turquesa que marca um forte contraste com o circundante árido. O trilho chega a ganhar uma altura considerável que não deixa de contornar o lago, com o qual forma permanentes precipícios. Este é um trilho que devem fazer com muito cuidado para não escorregarem e não caírem no vazio. Seguindo o trilho, poderão ver o final do lago e continuação do rio Phoksundo. É neste local que fica a povoação de Ringmogaon, local onde termina esta etapa.

Ultra Trail Chismes-Dolpo (dia 29.10.2011)

Já só faltam duas etapas para que finalize a Ultra Trail Chismes-Dolpo 2011 e atrevemo-nos a dizer que será um êxito total. Hoje de manhã os concorrentes ainda não tinham chegado ao final da 7ª etapa, mas no decorrer do dia concerteza conseguirão. Amanhã poderão deleitar-se com as maravilhosas vistas do Lago Phuksondo que deliciam qualquer vista. E segundo as ultimas informações, parece que o Claudio continua em prova. Força Claudio.



passagem da 7ª etapa

29 outubro 2011

Ultra Trail Chismes-Dolpo (dia 29.10.2011)

Dia 29 de Outubro : 7ª etapa – De Lake Camp Site a Shey Gumba. Distância: 38 km. Desniveis: +2100m, -1900m, total 4000m. Altitudes alcançadas: mínima 3840m, máxima 5094m. Pernoita a 4160m.


No dia 29, esta 7ª etapa, será um dos dias mais curtos para percorrer, desde que se acerte com o caminho até ao próximo destino, que é Shey Gumba. Antes de chegarem à povoação de Khomangaon deverão contorná-lo pela margem esquerda em direcção ao passo Khoma 4565m, que se encontra por cima e ao fundo do mosteiro dessa povoação. Depois de percorrerem cerca de uma hora, chegarão a um ponto onde poderão admirar um entrelaçado de montanhas áridas com imensos caminhos. Alguns destes caminhos conduzem a montanhas nevadas e longínquas para onde se dirigem. Este é o momento de pensar bem nas indicações fornecidas para não se perderem, o que não é fácil derivado ao cansaço que se faz sentir. Prosseguirão percorrendo uma descida por vezes bem pronunciada. Nesta descida à sua esquerda encontrarão um caminho bem marcado, o qual devem tomar para os dirigir à povoação de Dungdargaon. Depois de passar esta povoação seguem o rio pela margem esquerda e 15 minutos depois encontram à sua esquerda uma garganta bem definida onde encontram uma ponte de madeira e mais à frente um moinho de água. Seguirão esta garganta até ao ponto “Sela 5094”. Seguirão sempre junto ao rio Namgung, o qual cruzarão várias vezes. Quando pensarem que estão próximos do final da etapa começa um trilho ascendente bem demarcado, o qual devem seguir, caso contrário podem perder-se. Depois desta subida poderão descansar os neurónios, pois ao final de 15 minutos estarão num local onde poderão visualizar as montanhas nevadas que alimentam o incrível lago Phoksundo. Este será o momento de iniciar a descida pelo único caminho que os levará até um dos mosteiros mais importantes do Dolpo “Shey Gumba”, local onde pernoitarão.


Mosteiro Shey Gumba

Ultra Trail Chismes-Dolpo (dia 28.10.2011)

Segundo o sistema de seguimento GPS, os participantes encontram-se perto de Rapka às 7:00h do dia 27.10.2011 no final da etapa de ontem. Às 2:45h da madrugada de 28.10.2011 já se encontravam mais à frente deste ponto que se havia apontado, pelo que já se encontravam mais à frente do ponto que marcava o GPS no dia anterior. Hoje fizeram uma etapa e peras, pois ligaram o destino da etapa de ontem que era Rapka e continuaram até perto do final da etapa de hoje que era Lake Camp Site. Hoje fizeram uma etapa tipo contra relógio, supondo que para recuperar distância. Estes tipos estão umas máquinas de força. Esperemos que descansem bem para a próxima etapa. Segundo as informações que nos chegam, o nosso Cláudio continua em prova e com grande garra. Força Claudio, estamos todos contigo.

28 outubro 2011

Ultra Trail Chismes-Dolpo (dia 28.10.2011)

Dia 28 de Outubro : 6ª etapa – De Rapka a Lake Camp Site. Distância: 43 km. Desniveis: +600m, -1100m, total 1700m. Altitudes alcançadas: mínima 3870m, máxima 4535m. Pernoita a 4000m.


No dia 28, nesta 6ª etapa, pouco antes de começarem a correr terão de cruzar um rio semi gelado. A água chegará até à altura dos joelhos. Será melhor não tentarem saltar de pedra em pedra para não molhar os pés, pois na pior das hipóteses podem escorregar e acabar por molhar algo mais que os pés ou até machucarem-se e não conseguirem terminar a corrida. O mais provável é que as sapatilhas congelem no exterior, mas isso não será problema, pois com a actividade os pés não gelarão e as sapatilhas depressa secarão devido às características gerais destas terras. Prosseguirão o caminho seguindo o curso do rio Kehein, que serpenteia as chamativas montanhas áridas de baixa altitude, as quais separam à direita do Tibet e à esquerda do cordão central dos Himalayas. Este rio levará os concorrentes a povoações cujos povos os deixarão deslumbrados, como sendo o Tinjegaon, Phalwa e Shimengaon. A cultura destes povos é puramente tibetana de montanha, a qual durante séculos tem como objectivo principal, alimentar-se para sobreviver. Por isso os atletas não devem estranhar que lhes neguem a comida mesmo que lhes esfreguem dinheiro nos olhos, pois para este povo o dinheiro não vale de nada uma vez que não existe onde gastá-lo e precisam da comida para superar o duro inverno que se aproxima. Mais um pequeno percurso e chegam ao Shimen de 4270m, que os espera para mudarem de direcção para Sul, ficando a meia hora do labirinto de montanhas áridas que no dia seguinte cruzarão.

Ultra Trail Chismes-Dolpo (dia 27/28.10.2011)

Às 0:20h da madrugada, o sistema GPS voltou a funcionar e segundo este os participantes da prova começavam no ponto onde tinham deicxado de transmitir, neste momento seguem o seu caminho e já passaram o destino de ontem, Molum Sumna, e já vão a caminho do destino desta etapa, Rapka. Não se sabe com precisão se hoje terão tempo para terminar esta etapa ou se pernoitam em algum ponto do percurso, como se suspeita que fizeram na noite passada. Desejamos boa sorte a todos.

27 outubro 2011

Ultra Trail Chismes-Dolpo (dia 27.10.2011)

No dia 27 de Outubro, depois de verificar a posição onde o GPS deixou de funcionar, verificamos que ainda não tinham chegado ao final da etapa em Molum Summa. A hora do ultimo ponto de referência era 09:59 da manhã, com a qual se pode dizer a localização exacta nesse momento que parou a transmissão do GPS. Se verificarem na foto, a marca inferior direita é o ponto onde o GPS deixou de transmitir, e na parte superior direita a marca de posição de Molum Sumna, final da etapa. Mas não se sabe se terminaram a etapa. Jesús é quem leva o GPS e disse na ultima comunicação que nestas etapas estaria na cauda dos participantes para que ninguém ficasse atrapalhado.
Hora local: 00:20h os participantes dão sinal de vida no GPS e continuam na etapa, incluindo o nosso Claudio, Força Claudio, a malta está a torcer por ti, assim como por todos os participantes, para que cheguem ao final da prova sem incidentes.

26 outubro 2011

Ultra Trail Chismes-Dolpo (dia 27.10.2011)

Dia 27 de Outubro : 5ª etapa – De Molum Sumna a Rapka. Distância: 42 km. Desniveis: +1000m, -1300m, total 2300m. Altitudes alcançadas: mínima 4110m, máxima 5027m. Pernoita a 4535m.


No dia 27, depois de passarem a noite neste local relaxante perto do rio gelado, onde esperamos que tenham descansado e não tenham tido muito frio, pois é normal nesta época do ano registarem-se temperaturas de -20º centigrados, estão preparados para à hora prevista estarem prontos para iniciar esta 5ª etapa em pleno coração do Dolpo. O caminho a seguir decorre paralelo ao caudal do rio, o qual pode ser pelo lado esquerdo deste ou pelo lado direito, variando o trilho, uma vez que em diferentes épocas do ano o caudal do rio varia e em consequência muda o traçado do trilho, o que poderá provocar alguma confusão durante cerca de uma hora. Por vezes terão que meter os pés na água gelada para atravessar o rio. O trilho já bem definido impedirá que a confusão do trilho a seguir desapareça, e chegarão então à povoação de Chharka Bhot, depois de um período em que a pouca altura que se perdeu se realizou suavemente. Nesta povoação de costumes
Chharka bhot

tibetanos, encontrarão pessoas bastante sociáveis. Daqui seguirão caminho com ascensão progressiva, o qual os levará ao passo Mola, situado a 5027m, e baixarão até se cruzarem com o caudal do rio Manto. Continuarão por este caudal até se cruzarem com o rio Dikun, local onde se encontra o preparado o local para se alimentarem e descansarem. Este local, apesar de ficar mais baixo que o do dia anterior, costuma ser mais frio. Os caminhos orlados pelo rio, durante este dia, são complicados para o piso, devido aos abundantes cantos arredondados com os quais devem ter muito cuidado para evitar possíveis lesões.

Ultra Trail Chisme-Dolpo (dia 26.10.2011)

Dia 26 de Outubro : 4ª etapa – De Jomsom a Molum Sumna. Distância: 46 km. Desniveis: +3200m, -1000m, total 4200m. Altitudes alcançadas: mínima 2731m, máxima 5185m. Pernoita a 4860m.


No dia 26, depois do pequeno almoço, após colocar nas mochilas os alimentos necessários para a etapa assim como o equipamento necessário, partiram à hora prevista. Dirigiram-se ao inicio do trilho o qual seguiram até pisarem um caminho bem definido. A maior parte do percurso decorre por ladeiras de montanha pelas quais vão ganhando altura progressivamente por trilhos bem marcados. No entanto por vezes o trilho parece desaparecer ou encontram cruzamentos de trilhos, o que gera alguma dificuldade em determinar qual o trilho correcto. É nestas alturas que servem de ajuda as indicações da organização e os mapas fornecidos. Este é um dia comprido onde se deparam com fortes subidas e de vez em quando uma descida pronunciada e traiçoeira. O mais provável é que um forte vento os fustigue nas 3 primeiras horas do dia, o qual se pode prolongar ao longo da jornada com menos intensidade. Passarão por 3 aldeias, a 1ª Phalyak sendo esta a mais fácil de localizar, a 2ª Sangda sendo mais difícil de localizar e a 3ª Ghok mais difícil ainda de localizar, o mais provável é que passem por esta 3ª aldeia sem a verem, a não ser que coincida com um dia ensolarado e algum objecto possa reflectir identificando a posição da povoação. Depois de passar pelo “El Tuchela” a 5185m e o “Niwar” a 5120m, chegam ao final desta etapa a Molum Sumna. Boa sorte a todos.

25 outubro 2011

fotos da aclimatização






Fotos dos atletas em Katmandu



Classificação do Ultra Trail Chismes-Dolpo

Apresento no momento a classificação provisória do Ultra Trail Chismes-Dolpo:


1º Salvador Calvo Redondo e Joel Jou (mesmo tempo)
2º Jesús
3º Graciano Novoa
4º Pablo Criado Toca
5º Fali Coleta e Beñat Zubillaga (mesmo tempo)
6º Claudio Ribeiro


Se tiverem curiosidade de ler alguns comentários sobre a prova, podem visitar a a seguinte página do Facebook, onde os concorrentes fazem alguns comentários. A partir deste ponto, ficam incontactáveis até ao final da prova.


http://www.facebook.com/#!/profile.php?id=100000025649116

Ultra Trail Chisme-Dolpo (dia 23.10.2011)

Dia 25 de Outubro : Descanso em Jomsom e reunião no hotel para informar programa. Pernoita a 2731m.

O dia 25 será um dia de descanso, fazendo uma incursão até à tenda onde começa a etapa do dia 26, de forma que cada participante consiga encontrar o trilho. Serão analisadas as 6 etapas que ainda têm pela frente, dando especial atenção à etapa do dia 29 de Outubro, a qual tem uma zona em que as possibilidades de os atletas se perderem são enormes. Neste dia haverá tempo para recuperar energias, optimizar o equipamento, intercambiar opiniões, etc.

24 outubro 2011

Um jantar antes da partida de Katmandu para Besisahar



Já existe a foto da chegada do Claudio a Katmandú

Foto dos primeiros 5 atletas do Ultra Trail Chismes-Dolpo na chegada a Katmandú. Na fase de aclimatização, 4 destes 5 atletas chegaram aos 6200m de altitude. (Claudio ao centro)

Ultra Trail Chisme-Dolpo (dia 24.10.2011)

Dia 24 de Outubro : 3ª etapa – De Manang a Jomsom. Distância: 50 km. Desniveis: +2065m, -2706m, total 4771m. Altitudes alcançadas: mínima 2731m, máxima 5416m. Pernoita a 2731m.




No dia 24 depois do 3º pequeno almoço da prova, os concorrentes como todos os dias das etapas, colocam os alimentos que julgarem necessários na mochila e estão prontos para se colocarem ao caminho à hora prevista. Espera-os um dia duro. Pouco depois de saírem de Manang, começam a ganhar altura entre variáveis de distância e inclinação. Em situações que a inclinação é menor e em situações que deixa de existir inclinação, sendo estes momentos em que a pulsação dos corpos têm maior intervalo, permitindo optimizar a dosificação ao mesmo tempo que avançam metros com maior rapidez. Por vezes correrão por trilhos horizontais e também perdem altura que voltam a recuperar mais à frente. Chegarão a um ponto onde a subida incessante que começa não os abandona mais até chegarem ao ponto mais alto da corrida, os 5416m. No troço de Thorung, se se virarem para trás poderão admirar

passagem de Thorung



as panorâmicas deslumbrantes, entre as quais se deparam as muralhas do maciço dos Annapurna. Uma vez neste ponto, à sua frente poderão disfrutar de novas sensações, sucessivas montanhas de perder a vista no horizonte, grandes e áridas encontas que esperam que os participantes da prova percorram. Neste ponto vêem nitidamente coração do alto Dolpo. Iniciando-se de seguida uma forte pendente. Depois de uma jornada de 30km, chegam à povoação de Muktinath. Daqui continuarão a prova para percorrer os 20km que faltam, por ladeiras suaves, descampados e na companhia do rio Kali Gandaki os levarão a Jomson. Aqui, pessoas da organização esperam os participantes para os dirigir ao hotel, onde se refrescarão, hidratarão e se alimentarão. No final desta etapa podem dizer que tiveram um dia bastante duro.


Jomsom

23 outubro 2011

Ultra Trail Chismes-Dolpo

Pela imagem de satélite em tempo real, dá a ideia que o início da prova se atrasou em um dia, visto que às 01:00h de Portugal do dia 23.10.2011, se verifica que os concorrentes ainda estão a chegar a Chame quando deveriam estar a chegar a Manang. Analisando a imagem, verificamos que 2 concorrentes vão isolados na frente com uma diferença de aproximadamente 15 minutos um do outro, um 3º concorrente vai mais atrasado em relação ao 2º cerca de 1h:40m e os restantes 5 vão mais juntos, sendo que o 4º vai distânciado do 3º cerca de 1h:50m, o 5º vai distânciado do 4º cerca de 20 minutos e os restantes 4 concorrentes seguem distânciados entre si e em relação ao 5º, cerca de 10 m.


Nota: a diferença horária (fuso horário) do Nepal "Kathmandu" em relação a Portugal "Lisboa" é de 5h:45m

Infelizmente não podemos identificar os atletas, mas sabemos que felizmente todos estão em prova. Mantenham-se atentos, pois entre eles está o nosso amigo Claudio ( o unico português em prova) que nos honra e nos faz sentir orgulhosos, com a sua presença num evento de grande dureza e sacrifício como é este Ultra Trail Chismes-Dolpo.



Ultra Trail Chisme-Dolpo (dia 23.10.2011)

Dia 23 de Outubro : 2ª etapa – De Chame a Manang. Distância: 29 km. Desniveis: +950m, -120m, total 1070m. Altitudes alcançadas: mínima 2575m, máxima 3351m. Pernoita a 3351m.


Povoação de Chame

No dia 23 começa um novo dia. Depois do 2º pequeno almoço da prova, os concorrentes estão prontos para sair às 07:00h e poder disfrutar das suaves e escassas pendentes, ao mesmo tempo que se deparam com maciços como os de Annapurna. Suavemente ganham altura enquanto verificam como o vale se abre, por onde irão progredir pisando trilhos, os quais muitas vezes passam por prados e bosques de abetos que são divididos de ambos os lados pelo rio Marsyangdi. O esforço exigido aos atletas, permitirá que progridam no terreno e graças a esse esforço continuarão a ter recompensas, desta feita passando por espectaculares povoações onde poderão apreciar a arquitectura diversa e diferente, das povoações que foram ficando para trás. Este será um dia “fácil” de se fazer, uma vez que os trilhos são pouco agressivos para os atletas e a distância a percorrer não é demasiado longa. Após percorrerem 29 km, superar um desnível positivo de 950m e um negativo de 120m, chegarão à povoação de Manang, situada a uma altitude de 3540m. Aqui o frio da montanha já fará questão de ser notado. No final da etapa deste dia encontrarão padarias que chamam a atenção com os seus atractivos produtos (pasteis e pão), em parceria




Povoação de Manang

com as barracas de recordações, que são instaladas ao longo do caminho pelas pessoas da povoação.

21 outubro 2011

Ultra-Trail Chismes-Dolpo (dia-a-dia)

A prova é composta de 9 etapas totalizando 363 km. A 1ª etapa com 51 km, a 2ª etapa com 29 km, a 3ª etapa com 50 km, a 4ª etapa com 46 km, a 5ª etapa com 42 km, a 6ª etapa com 43 km, a 7ª etapa com 38 km, a 8ª etapa com 34 km e a 9ª etapa com 40 km.


Dia 19 de Outubro: Chegada a Kathmandu e entrega do Dorsal (segundo informação inicial, o nosso Claudio tem o dorsal nº 1)
Dia 20 de Outubro: Kathmandu, reunião no hotel para informar o programa da prova.
Dia 21 de Outubro: Ir de Kathmandu para Besisahar, onde dormirão a 820 m.
Dia 22 de Outubro: 1ª etapa – De Besisahar a Chame. Distância 51 km, desníveis +2160 e -400m, total 2560 m. Altitudes alcançadas: mínima 800m e máxima 2713m.
No dia 22, após tomar o primeiro pequeno almoço da prova, a corrida começa às 07:00h, começando a correr saindo de Bishisahar por um trilho que os jipes utilizam por 18km para transportar as pessoas e turistas e as necessidades dos habitantes das aldeias circundantes. Permanentemente se cruzarão com turistas, habitantes, jipes e mulas carregadas. Seguirão o curso do rio Marsyangdi, entre aldeias e campos de cultivo e vegetação ribeirinha, encaixados em profundas depressões das montanhas. Pouco a pouco irão ganhando altura, os vales vão-se abrindo, a vegetação mudará e terão que ultrapassar fortes desníveis, os trilhos passarão por locais expostos com precipícios. Numa zona alta chegarão à aldeia de Chame (situada a 2710 m). Rodeada de bosques formado por abetos. No centro da aldeia encontram-se diferentes tipos de lojas de recordações, bares e costureiros. Aqui ocorre o primeiro e merecido descanso da prova, nos agradáveis hotéis que estes povos oferecem.
(Tentaremos diariamente ir acompanhando a prova, portanto mantenham-se atentos)

Compreender o Ultra-Trail Chismes-Dolpo

Aparte dos 3 dias por terras do Parque dos Annapurna, a prova decorrerá pelo Alto e Baixo Dolpo com uma altitude média de aproximadamente 4200m, onde se registam em Outubro possíveis temperaturas que variam entre os -20º e os +22º. Os participantes serão obrigados a descer até profundas depressões de terreno, atravessar rios muitas vezes sem pontes, atravessar numerosos e dificeis passos de montanha, correr em caminhos com diferentes pisos agressivos e mal definidos em alguns locais originando a possibilidade de se perder, passar por precipícios com perigo de cair, … tudo isto num ambiente de montanha, no estado mais puro que se pode encontrar nas montanhas do Nepal. A dura região situada ao Norte do maciço central do Himalaya, “nor-oeste do Dhaulagiri”, faz deste lugar uma zona árida em altura, onde a vista se perde nos horizontes cheios de montanhas áridas e nevadas, separadas por abundantes vales que são regados pelos imensos e frios rios com escassas pontes, dando ainda a oportunidade e satisfação de percorrer também zonas com bosques e poder contemplar algo tão maravilhoso como o Lago Phoksumdo com a sua intensa cor azul turquesa deslumbrante e invariável com o passar dos tempos, onde existe a escassa presença de aldeias de cultura tibetana pouco povoadas, que desde sempre perduram nesta região. Marcados pela dureza da região faz com que sejam desconfiados e pouco hospitaleiros. E na base de tudo isto uma das características deste lugar, que obriga ao pagamento de altas taxas (310,00 €) por atleta para duas semanas, que o governo Nepalês aplica com a intenção de dissuadir os possíveis visitantes e fazer que optem por ir para destinos menos perigosos que este duro, arriscado e encantador lugar.

Ultra Trail Chismes-Dolpo

Se o programa se estiver a cumprir, o nosso amigo e associado do CMB Claudio Ribeiro desloca-se hoje de Kathmandu para Besisahar, preparando-se para a 1ª estapa da corrida que se realiza amanhã, dia 22 de Outubro. Esta etapa vai de Besisahar até Chame com uma distância de 51 km, desniveis de +2160, -400m, total de 2560 m. Altitudes alcançadas: mínima 800 m e máxima 2713m.






Dados de interesse: esta Ultra Trail Chismes-Dolpo realiza-se em terras Nepalesas e é composta por 9 etapas (uma por dia), 10 dias em corrida, sendo que no 4º dia da corrida não se realiza nenhuma etapa, será considerado descanso, onde será relembrado aos participantes a parte do percurso que falta realizar.


Desde já deixamos aqui o nosso apoio ao Claudio e sorte para que tudo decorra sem incidentes.

19 outubro 2011

Socorrismo - lenços triangulares

Conforme tinha prometido, aqui estou a publicar um artigo sobre a utilização de lenços triangulares. Embora tenham caído em desuso estas técnicas de utilização de lenços triangulares no socorrismo, é importante lembrar que são aplicadas em situações de recurso e de improviso e são estas mesmas situações com que nos deparamos na montanha, por isso mesmo aconselho que transportem na vossa mochila dois ou três lenços triangulares, nunca se sabe quando farão falta e não ocupam assim tanto espaço e nem pesam muito.
Pode-se obter um lenço triangular, cortando na diagonal um pedaço de tecido (linho ou algodão), com pelo menos um metro quadrado. Os lenços triangulares podem ser usados de numerosas formas:
. Abertos – Podem servir para apoiar ou proteger os braços ou o peito, e ainda para fixar pensos em zonas como a cabeça, a mão ou o pé.
. Dobrados – Podem ser ajustados de acordo com as necessidades formando:
. Gravatas largas – Estas gravatas são utilizadas para imobilizar membros durante o transporte, ou para os suspender.
. Gravatas estreitas – Este tipo de gravatas é útil para segurar um penso numa articulação, se não se dispuser de outra ligadura, para aplicar como uma ligadura, imobilizar uma fractura, ou para fazer uma rodilha ou sogra (método de enrolar o lenço de forma a fazer uma argola, usada para envolver uma ferida com objecto estranho espetado ou um osso de uma fractura exposta de forma a cobrir a ferida sem tocar no objecto ou osso).
Métodos
. Suspensão – Este método é utilizado para apoiar e proteger os braços, antebraços, pulsos ou mãos lesionados e para imobilizar um membro superior quando há lesões no peito. Pode fazer-se a suspensão com ou sem elevação. Deve ser sempre feita do lado lesionado para dar maior apoio e protecção.
. Coberturas – Estes métodos são utilizados para segurar pensos nas mãos, pés, cabeça, etc.
Embora as figuras que apresento sejam elucidativas, será conveniente treinar bastante estas técnicas e métodos com alguém que perceba de socorrismo, de forma a saber quando aplicar correctamente estas técnicas para não agravar a situação quando pensamos que estamos a ajudar.
Por exemplo, quando existe uma lesão num olho, antigamente cobria-se apenas um olho, mas chegou-se à conclusão que o ideal é tapar os dois olhos, pois se a lesão tiver um objecto estranho no olho, o que fica destapado faz movimentos naturais de piscar, forçando o olho lesionado a efectuar esses movimentos em simultâneo, agravando desta forma a lesão e provocando maior sofrimento à vítima.
Para qualquer cobertura desde o ombro até à mão, será aconselhável fazer suspensão do membro.
Neste capítulo apenas abordarei a temática das coberturas e suspensões deixando as imobilizações para um futuro capítulo abordando fracturas, luxações e entorses. Portanto, se o tema vos interessa mantenham-se atentos. Vão visitando o nosso blog, que tentaremos colocar sempre artigos interessantes e úteis para os amantes da montanha.

































































































Por: Amadeu Barros

17 outubro 2011

O Kit de Primeiros Socorros

No nosso dia-a-dia, a cada hora, a cada minuto, o perigo está sempre presente. Quando vamos para a montanha, não podemos esquecer que vamos para um meio adverso, onde as probabilidades de um acidente acontecer, aumentam significativamente. Cada montanha oculta diversos e diferentes tipos de riscos, podemos cair em buracos ou ribanceiras, tropeçar em troncos e raízes, esfolar braços e pernas, ferir olhos, etc. É lógico que o kit de primeiros socorros não irá resolver um problema de acidente grave na sua totalidade, mas pode minimizar as lesões, até se providenciar o transporte do ferido, pois será o único auxilio existente, uma vez que as farmácias e os hospitais se encontram muito distantes, para se aplicar o socorro com urgência. Por esse motivo transportar um kit de primeiros socorros na mochila pode ajudar muito. Coloca-se neste momento uma questão pertinente “o que levar no kit de primeiros Socorros?”
Fazer um kit de primeiros socorros não é uma tarefa trivial. O kit de primeiros socorros deve ser pequeno, compacto e robusto, com o conteúdo embalado em pacotes impermeáveis. Eu pessoalmente aconselho um kit como o que transporto normalmente na mochila. O meu Kit de Primeiros Socorros é composto pelo seguinte material:
. Lençol térmico de sobrevivência prateada de um lado e dourada do outro. Serve para envolver a vítima conservando o calor do seu corpo.
. Pastilhas purificadoras de água (exemplo: Oasis – Water Purification Tablets). Coloca-se uma pastilha por cada litro de água e deixa-se actuar por um período de 10 minutos antes de beber a água. Estas pastilhas têm a função de destruir bactérias perigosas que se encontram em água contaminada, protegendo-nos contra as doenças por estas causadas. Pois nunca sabemos a água que vamos encontrar.
. Luvas descartáveis, para nos protegermos de sangue e protegermos a vítima de bactérias.
. Tesoura. De preferência com pontas arredondadas, para evitar ferir a pele da vítima.
. Pinça. Para extrair pequenos detritos de feridas, entre outras funções.
. Rolo de fita adesiva, para fixar as compressas, entre outras funções.
. Pensos rápidos, para pequenas feridas.
. Ligaduras elásticas, de várias medidas.
. Compressas. De vários tamanhos e suficientes para absorver bastante quantidade de sangue.
. Soro Fisiológico em embalagens individuais, para lavar feridas.
. Pastilhas de Magnésio (exemplo: Magnesium-OK). Para as situações de caímbras, cansaço físico e fadíga muscular.
. Repelente de insectos, Geralmente roupa espessa protege, mas quando estiver calor não será muito confortável esta situação, pelo que sugiro o repelente.
. Lenços triangulares. Para cobrir feridas e imobilizar membros (oportunamente colocarei um artigo sobre utilização de lenços triangulares)
. Alfinetes de segurança (tipo alfinetes de dama) para prender ligaduras, lenços triangulares, etc.
Quanto a medicamentos apresento uma lista que aconselho a incluir no kit de primeiros socorros:
. Paracetamol (exemplo: Ben.u.Ron). Para situações de febre, dores e cólicas. Para pessoas que pesem menos de 50 kg devem tomar até 4 vezes ao dia de 500mg, e 1000mg para pessoas acima desse peso.
. Loperamida (exemplo: Imodium). Para situações de diarreia, cápsulas de 2mg em SOS até 6 por dia.
.Metoclopramida (exemplo: Primperan). Para situações de vómitos. Em caso de SOS, comprimidos de 10mg.
. Cetirizina (exemplo: Aerius). Antialérgico. Em caso de SOS até 2 vezes ao dia (este medicamento interfere com o álcool, pelo que não deve ser misturado).
Relativamente aos medicamentos, cada pessoa deve levar consigo a medicação individual de casos de doença crónica ou medicação que esteja a efectuar no momento.
Quanto ao kit de primeiros socorros, é preciso saber utilizar todo o equipamento disponível. Para isso aconselho que cada um efectue um curso de primeiros socorros ou no mínimo levar no grupo duas pessoas que tenham conhecimentos de primeiros socorros.
A lista parece extensa, no entanto tudo cabe numa embalagem pequena e esperemos que nunca seja preciso utilizar nada do seu conteúdo. Mas como todo o cuidado é pouco, boas caminhadas e muito cuidado, principalmente nas descidas e no regresso, quando já estamos todos relaxados ou cansados, pois é aí que se dão os principais acidentes.

Por: Amadeu Barros

14 outubro 2011

Peña Trevinca

Caros amigos montanheiros:








O CMB - Clube de Montanhismo de Braga, estará uma vez mais nesta época em Peña Trevinca, que corresponde ao ponto mais alto da zona de montanha do Lago de Sanabria.


A actividade decorrerá nos dias 5 e 6 de Novembro (Sábado e Domingo), estando a partida prevista para as 6h30m em Braga (junto à ex-Bracalândia), com o regresso a esta cidade pelas 20/21 horas de Domingo.


A dormida será realizada na montanha, em tenda, junto ao cume de Peña Trevinca.


A dificuldade será média e, claro, essa dificuldade estará também dependente das condições climatéricas.


Gostariamos que aqueles que estivessem interessados em participar, nos comunicassem esse facto até ao final do mês de Outubro, para nos podermos organizar no que respeita a viaturas e tendas.


Vem daí


Saudações montanheiras



A Direcção do CMB